Enfermeiro
Licenciado em Enfermagem e em Ciências da Educação
Doutorado em Politicas do Ensino Superior
Fundador e Co-Administrador do Forumenfermagem
Foi com agrado que registei o sinal de união pública da Secção Regional da Ordem e Sindicato nos Açores em torno de uma causa justa sobre condições de trabalho e exercÃcio profissional que poderão colocar em causa a qualidade dos cuidados (Link). Esta atitude é ainda mais relevante se servir de exemplo para as organizações com responsabilidade nacional onde, apesar das reuniões, ainda não se desenvolveu iniciativas públicas com o compromisso em presença.
O compromisso não pode ser um fim em si mesmo mas há mais do que uma razão para se construir uma agenda comum em vários dossiers que atravessam regulação profissional e condicoes de trabalho: MDP, Enfermeiro de FamÃlia, dotações/rácios seguros e autonomia profissional são apenas alguns dos exemplos.
É por demais evidente que à Enfermagem falta uma verdadeira PolÃtica da Profissão, os resultados estão à vista. Somos quase semanalamente confrontados com medidas que colocam em causa o acesso aos cuidados por parte dos cidadãos e coarctam a possibilidade dos enfermeiros contribuÃrem com a sua mais-valia técnica, cientÃfica e ética um sistema mais eficiente centrado nas necessidades da pessoa/famÃlia/comunidade. Somos confrontados com polÃticas para a profissão emanadas por quem pouco reconhece o valor da Enfermagem.
Os Açores também podem ser exemplo da tentativa em sentido contrário pois tem sido o laboratório adequado para testar o Enfermeiro de FamÃlia com apoio das autoridades regionais, mas quando necessário tem-se alertado sem medos ou preconceitos de dar a cara, sem medos ou receios de vincular-se pessoalmente a um discurso que necessariamente tem que ser construÃdo numa perspectiva de complementaridade entre a regulação do exercicio profissional e do equilÃbrio das condições laborais e de emprego.
Metaforicamante olho para trás e vejo comunicados institucionais de impacto limitado por serem órfãos de personalidade e de complementariedade, olho em frente para os Açores e vejo a materialização de um discurso em complementaridade e com a presença dos seus emissores. Resta aos enfermeiros olhar para cima e esperar que a complementaridade responsável avance pela geografia territorial de Portugal Continental e da profissão de Enfermagem (nomeadamente os territórios da gestão e do ensino). Resta aos enfermeiros olhar ainda mais acima e esperar que a PolÃtica da Profissão esteja alicerçada, sincronizada e complemente o discurso dos seus clientes e não das clientelas partidárias que têm sido eficazes a construir antagonismos (a erradicação do Outro) que são exacerbados para justificar os próprios desaires. Essas "histórias de embalar" acabam por funcionar como os moinhos de vento para Dom Quixote, não são o problema de fundo mas são a manifestação de uma ilusão romântica que nos desvia do princÃpio da realidade e da possibilidade de nos afirmarmos de uma forma prática e descomplexada.
A área da nanotecnologia avança rapidamente e tem tornado possÃvel que os nossos telefones móveis sejam autênticos computadores de bolso com uma diversidade de funções impressionante.
Desta feita a nanotecnologia está yambém a permitir avanços importântes no campo da cirúrgia, da farmacologia direcionada, etc...Este projecto aqui apresentado na TED sobre uma anúnciada revolução no campo da vacinação é um exemplo excelente da sua aplicação no campo da saúde.
A vacinação poderá vir a ser:
- mais barata,
- sem dor,
- com maior potencial imunizador permitindo diminuir a dose individual
- e sem necessidade de cadeia de frio (o que dá muito jeito em paÃses do terceiro mundo com climas quentes).
Esta revolução pode bem vir a arrumar com a agulha e seringa tradicionais no campo da vacinação, mas certamente se vão seguir outras possÃbilidade sterapeuticas, os resultados são promissores.
Será interessante acompanhar de perto o percurso desta tecnologia, nomeadamente pela facilidade de aplicação.
É o Nano-Patch, fica o vÃdeo com o impulsionador do projecto Mark Kendall..
Algo de novo parece estar a emergir da crise que a Enfermagem atravessa. As instituições estão sob a pressão constante de um crescente número de profissionais esclarecidos por um maior acesso a fontes alternativas de informação. Qual o nosso desafio?
No último dia 17 de Março, a Assembleia Geral Ordinária da Ordem dos Enfermeiros realizada em Lisboa não produziu a esperada alteração estatutária por não ter sido votada, ainda que por margem mÃnima por 4/5 dos participantes.